sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Ernesto Geisel - Mirela e Vanessa
Biografia:
Ernesto Geisel nasceu em Bento Gonçalves no dia 3 de agosto de 1907, filho de Wilhelm August Geisel e Lídia Beckmann, imigrantes alemães vindos para o Brasil em 1883. Foi general e político brasileiro e o quarto presidente do Regime Militar brasileiro de 1964.
Seus irmãos Henrique e Orlando Geisel também ingressaram na carreira das armas e tornaram-se generais.
Ernesto iniciou sua carreira militar em 1921, quando ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre. Em 1928 formou-se na Escola Militar de Realengo. Participou como tenente, de ações militares na Revolução de 30 e fez parte de tropas federais que combateram a Revolução Constitucionalista de 1932. Já no inicio dos anos 30 desempenhou a função de secretário da fazenda do estado da Paraíba.
Casou-se com sua prima de segundo grau, Lucy, com quem teve dois filhos, Amélia e Orlando, este falecido em um acidente de trem no ano de 1957, sendo que Geisel jamais se recuperaria deste trágico golpe.
Principais realizações do Governo Geisel:• Reatamento de relações diplomáticas com a China.
• Fez com que o Brasil fosse o primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola.
• II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND).
• Busca de novas fontes de energia, realizando o acordo nuclear com a Alemanha, criando os contratos de risco com a Petrobras e incentivando a utilização do álcool como combustível.
• Início do processo de redemocratização do país, embora tal processo tenha sofrido alguns retrocessos durante seu governo, como bem exemplifica o Pacote de Abril, em 1977.
• Abertura política do Brasil, sobre a qual Geisel afirmou que a redemocratização do Brasil seria um processo "lento, gradual e seguro".
• Extinguiu o AI-5, e preparou o governo seguinte (João Figueiredo) para realizar a anistia política e a volta dos exilados, mas sem que retomassem seus cargos políticos.
• Em política externa procurou ampliar a presença brasileira na África e na Europa, evitando o alinhamento incondicional à política dos Estados Unidos.
• Denúncia do tratado militar Brasil-Estados Unidos em 1977.
• Construiu grande parte da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Vida política:
Na década de 1950, Geisel comandou a guarnição de Quitaúna e gerenciou a refinaria de Cubatão, ambas no estado de São Paulo. Durante este período, ele estreitou suas ligações com o grupo militar que mais tarde seria conhecido como "Sorbonne", ligado à Escola Superior de Guerra.
Ele sempre teve interesse na área de extração petrolífera, tendo dirigido a refinaria de Cubatão em 1956, a Petrobrás (1969 a 1973) e, após 1979, a Norquisa, depois de ter deixado a presidência da República.
Em sua gestão na presidência da Petrobras, empresa estatal que deteve até a década de 90 o monopólio da extração de petróleo no Brasil , concentrou esforços na exploração da plataforma submarina, tendo obtido resultados positivos. Conseguiu acordos no exterior para a pesquisa e firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador.
Após a revolução de 1964, em 15 de abril de 1964, foi nomeado chefe da Casa Militar pelo presidente Castello Branco, que o encarregou de averiguar denúncias de torturas em unidades militares do Nordeste do Brasil.
Geisel fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do marechal Costa e Silva à presidência da República.
Castello Branco promoveu-o a general-de-exército em 1966 e nomeou-o ainda ministro do Superior Tribunal Militar em 1967.
Com a posse de Costa e Silva na presidência, Geisel caiu no ostracismo político. No governo de Emílio Médici tornou-se presidente da Petrobras enquanto seu irmão Orlando Geisel se tornou o ministro do Exército. O apoio do irmão Orlando foi decisivo para que conseguisse ser lançado como candidato à presidência da república para o mandato de 1974-1979.
Após a presidência:
Depois de sua presidência, continuou exercendo grande influência sobre o exército ao longo dos anos 80. Foi presidente da Norquisa, empresa petroquímica.
Passou o resto de sua vida morando em seu apartamento simples no qual ficou até sua morte, ocorrida no dia 12 de setembro de 1996, aos 88 anos, causada por um câncer generalizado.
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