quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Washington Luís - Janini e Marília

Washington Luís Pereira de Sousa
(1926-1929)

Washington Luís Pereira de Souza nasceu em Macaé(RJ), filho de família prestigiada no Império; ricos fazendeiros donos de muitos escravos. Estudou no colégio Pedro II, RJ, e se formou em direito em São Paulo.
Foi um historiador e político brasileiro, sendo o décimo primeiro presidente no estado de São Paulo, o décimo terceiro presidente do Brasil e o último da República Velha.
Foi nomeado promotor público do município de Barra Mansa , no Rio, e renunciou o cargo para dedicar-se à advocracia em Batatais, no interior de SP.
Em 1900 casou-se com Sofia de Oliveira Barros e teve quatro filhos. Sofia que era filha de um cefeicultor de Piracicaba, fez com que a união reforçasse a ligação de Washington com a oligarquia paulista. Luís elegeu-se prefeito da capital em 1914 e governador do estado em 1920, quando profere sua famosa frase: “Governadar é abrir estradas”. Assim, ele investiu na infra- estrutura de transportes, construindo 1326 quilômetros de novas estradas.


O governo

O Governo de Washington Luís foi o último da “República Velha” ou “República do café-com-leite”. Ele não chegou a concluir o mandato. Foi deposto pelo movimento chamado “Revolução de 30”.
O nome de Washington Luís foi indicado para a presidência da Republica pelo grupo que controlava a “política do café-com-leite”. Na eleição direta, não teve concorrentes. Foi eleito como candidato único. Passou a exercer a presidência da República em 15 de novembro de 1926.
Em dezembro de 1926, Washington Luís assinou a lei da reforma monetária que criava uma nova moeda: o cruzeiro.
A situação de Washington Luís começou a se complicar com a crise mundial de 1929, iniciada com a quebra da Bolsa de Nova Iorque. O café, que representava 70% das exportações brasileiras, teve seu preço diminuído no mercado internacional. Além disso, havia uma superprodução de café nas fazendas e um grande estoque do produto nas mãos do Governo.
Mesmo enfraquecidos, o presidente Washington Luís e os cafeicultores de São Paulo indicaram como sucessor na presidência o paulista Julio Prestes. Os estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul não concordaram com a indicação e criaram a Aliança Liberal, que lançou como candidato a presidente o gaúcho Getulio Vargas e a vice-presidente o paraibano João Pessoa.
Júlio Prestes venceu as eleições presidenciais de 1º de março de 1930. Mas o resultado foi contestado por suspeita de fraude. Além disso, o assassinato de João Pessoa, candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, agravou os movimentos de oposição ao Governo. Militares se rebelaram e manifestantes tomaram as ruas do Rio de Janeiro, colocaram fogo aos jornais fiéis do Governo e exigiram a saída de Washington Luís.
No Palácio Guanabara, Washington Luís pensou em resistir. Porém, vinte e um dias antes do término de seu mandato, após garantia de que seus ministros, familiares e amigos estariam seguros, foi deposto e levado preso ao Forte Guanabara.

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